Semiótica: qual a percepção dos seus clientes em relação à sua agência?

Compreender o significado que é atribuído às mensagens que queremos passar ajuda a criar estratégias de marketing mais efetivas. Veja neste post como a semiótica pode ser aplicada ao seu negócio!

Fabio Higa
Fabio Higa9 de agosto de 2022
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No marketing sempre buscamos criar conexão com o público, e utilizamos diversos signos (representações) que consideram a percepção alheia na hora de conferir um significado à mensagem que queremos passar. A semiótica é o estudo  da construção de significado e pode ser uma facilitadora desse processo, pois analisa os elementos que compõem uma interpretação.
A semiótica está presente em várias áreas de conhecimento, como a filosofia, a psicologia, o design e a comunicação. Podemos resumi-la como o estudo da construção do significado, e pode ser aplicada quando analisamos e interpretamos palavras, sons, vídeos e imagens. Para entendermos um pouco melhor o conceito de semiótica, vale conhecermos o significado de semiose. Charles Sanders Peirce, um filósofo, pedagogista, cientista e linguista cunhou este termo para designar o processo de significação e produção de significados. A semiótica a partir de Pierce vai lidar com as linguagens verbais e não-verbais, e tem como objetivo descrever os signos (representação de algo a que atribuímos valor, significado ou sentido). Simplificando, ela vai trabalhar com o que podemos chamar de camadas de percepções. Podemos dividir os signos em três tipos básicos: Ícones, Índices e Símbolos. Antes de falarmos sobre os três, é importante exemplificarmos o que são os signos.

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Signos e a Semiótica

Um signo é qualquer coisa que possa ser utilizada para representar algo. Ele possui um significado, um valor e precisa fazer sentido para alguém, com base nas experiências do indivíduo. Por exemplo, vamos pensar em uma pessoa que conhece a palavra árvore. Essa pessoa sabe como uma árvore é, que ela tem folhas, que em alguns casos elas dão frutos e como é sua silhueta. Se eu apresentar uma ilustração apenas com linhas bem simples com a forma de uma árvore, a pessoa vai conseguir identificar a ilustração sem muitos problemas. Nesse caso, a ilustração é um signo.  Essa mesma lógica se aplica para coisas que existem apenas no imaginário humano, como a mula sem cabeça ou até um duende. Os signos podem ser de três tipos, então:

Ícones

Um ícone possui semelhança física com a ideia que representa (como, por exemplo, o desenho de uma árvore).

Índices

Um índice aponta para o seu referente ou consiste em um vestígio ou impressão direta de um objeto ou evento. (A sombra de uma árvore, assim como um fruto ou semente que cai no chão, são índices da árvore).

Símbolos

Por fim, um símbolo é abstrato. Sua forma não tem qualquer semelhança com o seu significado, mas conseguimos entender o significado do que é (como a palavra escrita árvore). Agora que você já entendeu os conceitos, deve estar se perguntando: mas, afinal, o que a semiótica tem a ver com o meu negócio? É justamente isto que vamos abordar nas próximas linhas!

A semiótica na publicidade e no marketing

Vivemos em um mundo onde cada vez mais somos bombardeados por todo tipo de informação. Logo, ter a atenção do consumidor está cada dia mais difícil. Agora pense um pouco: se está complicado fazer com que o consumidor note você, imagine o quão difícil é fazer com que ele entenda e perceba o seu negócio de forma que seja capaz de criar uma diferenciação entre sua agência e a de seus concorrentes. Por isso, ter uma comunicação onde você atinja a percepção das pessoas como um todo - trabalhando os ícones, o índice e os símbolos - pode ajudar no posicionamento da sua marca e também na melhoria das suas conversões.  Ao entender a sua oferta, os consumidores estão mais propensos a preencher um formulário de contato do seu site, se cadastrar em uma landing page ou pedir o contato para falar com um especialista, por exemplo. Nesse sentido, a semiótica se mostra extremamente eficiente. Vamos a um exemplo prático analisando uma campanha publicitária de uma famosa marca de roupa dos anos 80. Ah, contextualizando: quando essa peça foi criada, os olhos do mundo estavam voltados para a questão do Apartheid na África do Sul. semiótica em agências de publicidade À primeira vista, olhamos duas lindas crianças se olhando, com o nome da campanha em uma tarja verde “United Colors of Benetton”. Prestando um pouco mais de atenção, vemos que elas estão sentadas em penicos. Quando juntamos todos os signos - associando ao contexto da época - e pensamos na mensagem, podemos concluir que para a marca de roupa, independentemente da cor, as pessoas são todas iguais quando vão ao banheiro. Essa marca de roupa que se destacava por sua ênfase em tecidos coloridos fez um enorme sucesso nos anos 80 e 90, impulsionada por campanhas como essa. Genial, não?

Mas e na prática, como usar a semiótica na minha agência?

Como vimos acima, em todo momento estamos sendo impactados por vários signos. Fazemos interpretações que resultam em percepções e que, no final, podem acabar tendo algum efeito em nosso comportamento. Partindo desse pressuposto, fica claro que cada detalhe da sua agência precisa ser planejado, executado e analisado pensando em como será a percepção do seu cliente em relação à sua empresa. Para isso, você pode apostar em várias estratégias, como:
  • Criar um slogan que resume qual é a sua missão;
  • Usar a psicologia das cores para ativar emoções;
  • Criar jingles para criar share of mind;
  • Resumindo: buscar alternativas que ajudem a criar similaridades, instigar lembranças boas, gerar insights e fazer as pessoas entenderem que sua agência está ali para agregar valor!
O princípio aqui é sempre se perguntar, “olhando o meu signo, como os clientes me percebem?” Abaixo, listamos alguns “signos” que eventualmente sua agência trabalha e que seria muito importante dar uma atenção especial para que seus clientes o percebam como um especialista e como alguém que gera valor para ele:
  • Logo - Será que o logo da minha agência está transmitindo a minha missão como empresa? Será que ele está se fixando na cabeça do meu público-alvo e se associando com os valores que desejo transmitir ?
  • Website - O website da minha agência, em termos de design, arquitetura e velocidade de abertura está em ordem?
  • Blog - O blog que administro está bem atualizado com conteúdos relevantes para o meu público?
  • Redes sociais - As postagens das minhas redes sociais estão sendo bem elaboradas a ponto de atrair a atenção das pessoas?

Conclusão 

Vários outros pontos podem e devem ser analisados a partir da perspectiva da semiótica na sua agência. Construir um escritório com uma arquitetura moderna, por exemplo, pode passar a percepção de um ambiente inovador. Estruturar um processo comercial bem definido e fluído pode passar a percepção de organização. Ter um pitch de vendas estruturado e claro pode passar a percepção de eficiência. Se a sua agência conseguir passar a perspectiva correta, gatilhos mentais serão acionados. Naturalmente, a relação entre cliente e agência se torna mais harmoniosa, negócios podem ser fechados com mais facilidade e as entregas podem ser mais eficientes. Usar a semiótica na forma com que sua agência se comunica e se posiciona como empresa vai ajudar para que suas estratégias sejam cada vez mais assertivas. Bons negócios!

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