Networking é uma expressão em inglês para a atividade de cultivar uma rede de contatos ou relacionamentos profissionais. Pode ser feito em eventos, projetos, comunidades e dentro da empresa. Fazer networking ajuda a desenvolver habilidades conhecendo novas pessoas, realidades e ideias.
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Você já imaginou que pode estar a seis ou menos passos da sua grande referência profissional ou ídolo de algum segmento?
A expressão “que mundo pequeno” nunca foi tão real. Em um conto publicado na década de 1920, o escritor húngaro Frigyes Karinthy foi o primeiro a ventilar essa hipótese. Ele apontou que os avanços na comunicação e nos transportes fariam com que, apesar das distâncias entre as pessoas, os círculos sociais ficassem cada vez maiores. Contudo, até os anos 60, a ideia deste mundo estreito não passava de mera ficção.
Isso mudou em 1967, quando o psicólogo americano Stanley Milgram executou um mega experimento de envio de cartas entre desconhecidos e descobriu que a distância média entre as pessoas era próxima dos seis graus. E, para surpresa geral, essa propriedade passou a ser identificada nas mais variadas redes: de computadores, de interconexões entre neurônios, de estradas e aeroportos e até mesmo redes biológicas.
Algum tempo depois, as redes sociais aproximaram ainda mais os seres humanos, pelo menos nos números. Em 2016 foi a vez do Facebook testar com a sua base de 1,59 bilhão de usuários cadastrados até então. O resultado, obtido por meio de algoritmos estatísticos e cruzamento de dados, indicou que havia uma média de 3,57 a 4,57 graus de separação entre você, o Bill Gates, a Lady Gaga e o seu primo distante.
O que é networking
A velocidade exponencial da transformação digital vem alterando as dinâmicas sociais e, consequentemente, o mercado de trabalho. Acompanhar essas mudanças exige dos profissionais um desafio de desenvolvimento pessoal e também de conexão para além da sua “bolha”, surgindo assim o que conhecemos hoje como network.
Esse termo vem do inglês (“net” é rede e “work” é trabalho) e significa rede de relacionamentos ou rede de contatos. Em linhas gerais, trata-se de uma rede de pessoas que passam a se conhecer e compartilhar conhecimento entre si com objetivos de colaboração e crescimento mútuo.
Tanto ‘network’ quanto ‘networking’ dizem respeito ao mesmo assunto. A diferença é que network está mais ligado ao significado substantivo de “rede de contatos”, enquanto networking diz respeito à atividade contínua de cultivar essa rede.
Essa prática vai muito além de criar e atualizar o seu Linkedin. Nutrir e expandir o seu círculo social está diretamente relacionado aos projetos que você fez ou faz parte (desde os tempos da faculdade), aos eventos que você participa ou organiza, às comunidades que ingressa e até mesmo às iniciativas que se engaja dentro da empresa na qual trabalha.
A importância das conexões
Esse mundo de possibilidades pode te proporcionar inúmeros benefícios, como o aprimoramento das suas habilidades, a melhoria nos projetos que você conduz, o acesso a pessoas e oportunidades que você gostaria de ter, entre outros. Por isso, mais do que um olhar míope sobre essas conexões, imagine o quão grandioso é poder colaborar com pessoas diversas dentro e fora do seu ambiente profissional.
“Não há problema que não possamos resolver juntos e muito poucos que possamos resolver sozinhos” – Lyndon B. Johnson
No TED Talk “5 maneiras de liderar em uma era de mudança constante”, Jim Hemerling pontua que os imperativos estratégicos das organizações bem sucedidas têm uma semelhança: a priorização das pessoas. Para nos prepararmos para um futuro incerto, o principal caminho é cuidar do quanto nos conhecemos e de quanto confiamos uns nos outros. Não há nenhuma ferramenta, aplicação técnica ou mapa organizacional que resolva. A solução está na qualidade das nossas relações.
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Como fazer o networking através da colaboração
O simples fato de trabalhar para a mesma organização não significa que você já possui uma conexão boa o suficiente com este grupo de pessoas. Por isso, o networking da porta para dentro também é essencial e o ato de colaborar pode ser a ferramenta mais poderosa para que isso aconteça.
Colaboração é um fator importante para a humanidade desde os tempos primórdios, e segue sendo a base para novas tendências. Diferentemente dos modelos de negócio do passado, que eram enraizados na premissa da escassez de recursos e de mercado, os modelos de negócio do futuro são guiados pela abundância e pela ideia de que todos ganhem.
Quanto mais um indivíduo ou uma empresa se desenvolve, mais benefício é gerado para toda sociedade, em uma perspectiva de ganhos coletivos.
A colaboração, em sua forma mais simples, é trabalhar em conjunto. Mas, na maioria das vezes, não é uma tarefa simples para as pessoas, embora seja uma habilidade especialmente importante em um mundo mais complexo. Na prática, é reunir pessoas para criar soluções que serão de fato aceitas, financiadas e implementadas. Aqui, reunir pessoas é transformar grupos em times e criar soluções é criar resultados.
Na FRST Falconi, acreditamos no poder da colaboração e temos isso como um dos pilares dos nossos programas, além de um dos nossos módulos de desenvolvimento. Nessa trilha, evidenciamos a relação entre colaboração e times alta performance, trazendo método e ferramentas que auxiliam a implementá-la. Também apontamos qual é a linguagem do ambiente colaborativo que extrai o melhor de todos e converge em uma solução poderosa para a empresa.
Como potencializar a colaboração e o networking?
Morten Hansen e Gretchen Anderson, dois especialistas no assunto, criaram metodologias práticas sobre como as lideranças devem proceder para que a colaboração aconteça nas empresas de forma eficiente e, assim, consiga gerar melhores resultados.
Gretchen Anderson enxerga a colaboração como uma ferramenta essencial para resolver problemas complexos em diversos cenários. A autora de Mastering Collaboration: Make Working Together Less Painful and More Productive diferencia colaboração, cooperação e cocriação para definir os níveis de trabalho em equipe.
- Cooperação: são pessoas atuando de forma coordenada, isto é, em uma ordem clara, de acordo com os padrões compartilhados;
- Cocriação: são duas ou três pessoas realmente fazendo algo juntas;
- Colaboração: é um grupo diversificado de pessoas que são responsáveis pelo mesmo resultado, mas podem não estar atuando juntas no desenvolvimento da solução.
Já Morten Hansen acredita que nem sempre ter mais colaboração é o melhor caminho para uma empresa. Ao contrário do senso comum, há situações em que é melhor não haver a colaboração do que ter uma colaboração ineficiente. Em seu livro Collaboration: How Leaders Avoid the Traps, Create Unity, and Reap Big Results, Morten apresenta a solução para saber quando e como deve acontecer a colaboração entre áreas de uma empresa, chamada de colaboração disciplinada.
Nesse contexto, é possível olhar para três níveis onde a colaboração acontece: mercado, empresa e indivíduo. A seguir, veja detalhadamente os principais aspectos da colaboração nos três níveis.
Nível mercado
A colaboração, no nível de mercado, está relacionada à mudança no ambiente competitivo, em uma realidade mercadológica mais complexa. Os concorrentes não são, necessariamente, os de sempre. E, contrapondo a cultura baseada em segredos de mercado, surge o open source na economia. Diante desse cenário, organizações podem se unir, pois a colaboração deve gerar mais valor do que a competição.
Nível empresa
Nas empresas, a colaboração existia dentro de uma estrutura organizacional piramidal, na qual a hierarquia era muito rígida. Atualmente, existem empresas com modelos de gestão e liderança mais flexíveis. As empresas que utilizam metodologias ágeis são excelentes exemplos de como a colaboração funciona nessas organizações.
Aqui, diversidade é uma palavra-chave. Sem diversidade, não há empresa disruptiva. Para alcançar os melhores resultados com a colaboração, é preciso escolher pessoas diferentes. Não somente em termos de sociais, mas também de experiência, de cultura, de formação e mesmo de linguagem.
Nível indivíduo
A colaboração acontece melhor no nível individual quando o profissional deixa de olhar somente para um foco específico e passa, também, a observar o que acontece no entorno. É um profissional que consegue fazer seu trabalho muito bem e que vai além do seu escopo.
Isso por que ele tem conhecimento e visão sistêmica suficientes sobre como pode contribuir efetivamente para a empresa. E não apenas isso: para a sua rede de contatos como um todo, através do networking.
Networking e a cultura colaborativa
Sabemos que empresas inovadoras e disruptivas fomentam o networking e uma cultura colaborativa. Por isso, entender quais são os componentes do processo colaborativo é essencial para alavancar as conexões em termos individuais e também transformar os resultados atingidos por um time em uma organização.
Em um mundo onde a transformação é a única constante, destacam-se aqueles que têm coragem de desbravar novos caminhos e liderar mudanças profundas e significativas em suas vidas, suas performances profissionais e em toda a sociedade.
Por isso, saiba como desenvolvemos seu time na FRST Falconi com uma jornada de competências baseada em colaboração, conhecimento prático e desafios reais!
Post escrito por Victor Feitosa, que é mentoring manager na FRST Falconi.