Este post faz parte do RD Summit Live Show, a cobertura completa do RD Summit 2019. Além de artigos, teremos entrevistas com palestrantes, fotos, vídeos e mais durante os três dias de evento. Visite a página da cobertura e fique por dentro de tudo!
A era dos likes está acabando. Ao mesmo tempo, inicia-se uma nova era: a da voz. Mas o que isso significa para a sua empresa? Foi sobre esses temas super atuais que o especialista e professor Edney Souza, mais conhecido como Interney, palestrou na plenária do RD Summit 2019.
O que é a era dos likes
O palestrante, que já é veterano no evento, começou explicando o que é a era dos likes.
“É a era da exposição”, diz. “Embora sejamos egocêntricos, no mundo de hoje podemos falar com milhares de pessoas com um dispositivo que está no nosso bolso”.
Mas por que a era dos likes está acabando?
Para entender isso, podemos olhar para o case do Facebook. Mark Zuckerberg disse em 2010 que a era da privacidade tinha acabado. Mas, de lá para cá, muito aconteceu. O escândalo da Cambridge Analytica, por exemplo, quando a empresa usou dados do Facebook para influenciar eleições, aumentou as discussões sobre como os dados dos usuários são usados. Foi algo que contribuiu para mudar o discurso. “Talvez o futuro agora seja privacidade”, diz o especialista.
Acompanhando esse movimento, as curtidas estão sumindo das plataformas, como o que aconteceu no Instagram. No Facebook, também estão sendo feitos testes para acabar com os likes. E o popular WhatsApp nunca nem chegou a ter essa função.
Isso provoca algumas mudanças: se não tem o like, qual a necessidade de forçar essa interação fazendo posts públicos? Por isso, muitas discussões estão mudando para o privado, tanto nas conversas entre pessoas, quanto em grupos fechados.
E como isso afeta a maneira como você faz marketing?
É possível fazer um contraponto entre o que Interney chama de marketing digital tradicional e o novo marketing digital. O primeiro é aquele em que você coleta os dados, oferece materiais, qualifica os Leads e entra em contato para vender — um processo que pode levar dias.
Já no segundo, você qualifica os visitantes e conversa com eles usando chatbots, por exemplo. Algumas marcas já têm comunidades bem estabelecidas, para falar com os fãs da marca. Nessas plataformas é possível criar um relacionamento mais próximo com as pessoas. Mas é preciso saber ouvir e contribuir para o debate.
A era da voz
Você sabia que 34% dos brasileiros já usam comandos por voz? O português é o segundo idioma usando o formato. Nos Estados Unidos, 30% das residências já contam com assistente de voz, como Alexa, Google Assistant e Siri. Para Interney, as pessoas já vivem num mundo de voz, essa é a nossa interface natural.
Edney Interney: “A voz é a forma mais natural de se relacionar, é o que vai crescer cada vez mais”
Por que esse crescimento? Primeiro, porque a voz permite ficar com as mãos livres. Além disso, permite comandar casas inteligentes. A voz também é mais inclusiva para pessoas com deficiência visual, com dificuldades motoras ou analfabetos (tanto adultos quanto crianças).
E mais: é mais socialmente aceita, pois não é preciso parar tudo para fazer a pesquisa por texto. Quando se fala com o assistente de voz, todos ouvem, tanto a pergunta quanto a resposta. É algo que integra as pessoas.
Como otimizar conteúdos para o formato? “Nesse mundo baseado em voz, é preciso pensar em conteúdo como serviço. Que problema você resolve para o usuário? É preciso entender o que o usuário está buscando”, conclui.