Muito antes do termo home office liderar pesquisas no Google, Renato Contaifer já prestava consultoria para grandes empresas e startups implementarem a cultura do remote first. Por meio do projeto Officeless, ele capacita empresas e profissionais que querem encaixar o home office em suas vidas e não o contrário.
Em 2020, inclusive, os líderes do Officeless produziram o curta-metragem “Remote First”, documentário que mostra como o trabalho remoto está liderando uma revolução no mundo do trabalho. Provavelmente, em algum momento desse último ano e meio, algo mudou no seu dia a dia também, certo?
Contaifer vai palestrar no RD Hostel, evento de Marketing Digital, Vendas e Inovação realizado pelos mesmos criadores do RD Summit. Totalmente online - para você assistir diretamente do seu home office - e pela primeira vez gratuito, ele acontecerá nos dias 20 e 21 de outubro. Clique no banner abaixo para se inscrever e, depois, continue lendo o post.
Você está em home office mesmo? Tem certeza?
Quase 80% dos pequenos e médios negócios no Brasil adotaram o home office durante a pandemia, e pelo menos um quarto delas pretende seguir com a rotina após a vacinação em massa. Esses números vieram da Pesquisa Panorama PMEs, realizada pela RD Station.
Porém, para Renato Contaifer, a tendência não será padrão após a pandemia. Isso porque a maioria das empresas até permite o home office, mas não adota uma cultura híbrida efetiva, o que traz uma série de problemas para o colaborador. Ele até já tinha avisado que isso ia acontecer na edição passada do RD Hostel!
Para começar, apenas permitir o home office não significa aderir totalmente ao trabalho remoto. Esta prática é chamada, na verdade, de remote friendly. Ou seja, um sistema amigável à ideia do home office.
>> Leia também: Anywhere office: aprenda a trabalhar de qualquer lugar do mundo
Já o remote first representa uma verdadeira cultura híbrida. A principal diferença é que todas as decisões e processos da empresa acontecem online. O escritório presencial é apenas mais um possível local de trabalho, não o palco das interações.
Enquanto a maioria das empresas oferece flexibilidade de trabalho condicionada a localização do escritório, onde tudo realmente acontece, a cultura híbrida está preparada para oferecer as mesmas condições de trabalho independente de onde esteja o funcionário.
Pistas que indicam que seu home office não é remote first
Com o tempo, um sistema remote friendly acaba criando ambientes desiguais. "Os profissionais que não estão no escritório podem se sentir desprivilegiados em relação aos que estão no escritório físico", diz Contaifer.
"O modelo remote first, que concentra as decisões num cenário digital, é a solução mais eficiente para termos um ambiente mais justo", completa o especialista. Para ele, o modelo é ideal porque o escritório passa a funcionar como um endereço auxiliar da empresa.
Se você está em dúvida se o seu home office é remote first, veja as pistas que o Renato Contaifer deu de quando não ocorre o funcionamento adequado.
O escritório é mais valorizado do que a experiência digital
Um dos principais indicadores de um sistema que não é remote first é a supervalorização do escritório. "A gente costuma dizer que, se uma pessoa está remota, todas devem estar, mesmo as que vão para o escritório", diz Contaifer.
Contudo, um sistema híbrido ainda concentra as reuniões e processos para quem mostra presença física, criando desigualdade entre os funcionários remotos e os demais.
>> Leia mais: Modelo de trabalho híbrido: o que é, quais são as vantagens e por que adotar
Você perde decisões importantes por estar home office
Se você sente que é o último a saber das decisões da empresa agora que está trabalhando remoto, saiba que não está sozinho: essa é mais uma realidade de quem vive sob o sistema híbrido de trabalho.
"Quando trabalha de casa, a pessoa não sabe o que acontece na empresa ou é notificada das decisões importantes depois que elas são tomadas. Não participa das conversas privilegiadas, perde as novidades em tempo real…" detalha Renato.
Você trabalha remoto, mas precisa morar na mesma cidade do escritório
Vagas com a seguinte descrição se tornaram populares, veja se você leu algo parecido:
Priorizamos a saúde dos funcionários, por isso estamos trabalhando em regime de home office até que a situação em relação à Covid-19 seja normalizada. Pretendemos migrar para um sistema híbrido em algum momento em 2022.
Junto à descrição acima, a vaga também vem com o seguinte "benefício": auxílio-mudança para a cidade que fica a sede da empresa. E assim, o falso home office ilude quem sonha com a flexibilidade do trabalho, mas está presa geograficamente pelo sistema híbrido.
Você se sente um suporte remoto, e não parte do time
Quem encontrou um novo emprego na pandemia, mas não participou do momento de integração presencial, pode levantar a mão. Além de não participar das grandes decisões, os colaboradores remotos do sistema híbrido também perdem o contato com a cultura da empresa, pois ela não está estruturada digitalmente.
"Isso afeta o sentimento de pertencimento das pessoas, muitas se sentem como um reforço, não parte do time. Por isso, não recomendamos este modelo, já que ele dá uma flexibilidade, mas cria desigualdade", explica Contaifer.
O especialista ainda aponta que as pessoas ficam com medo de trabalhar de casa, pois não querem correr o risco de não serem vistas, perderem oportunidades e promoções na empresa por causa desse viés de proximidade que privilegia os colaboradores presenciais.
Veja Renato Contaifer gratuitamente no RD Hostel 2021
Para saber mais sobre o tema, assista à palestra do Renato Contaifer no RD Hostel 2021. Ele estará junto a mais de 100 outros especialistas brasileiros e internacionais - como Daniel Pink, Elise Mitchell, Martha Gabriel e Joe Pulizzi - no evento online e gratuito!
Veja a programação completa do evento e garanta o seu lugar clicando no banner abaixo. Ah, você ainda vai receber um link personalizado para concorrer a prêmios incríveis ao indicar amigos. Participe!
