Diversidade e Inclusão, também chamado pela sigla D&I, tornou-se um dos principais temas do ano para empresas de todos os portes e segmentos. Se perguntados, uma boa parte de empreendedores e pessoas que ocupam cargos de liderança vão dizer que uma equipe mais diversa é mais produtiva, mais confiante e mais eficiente
Dirão, também, que estão trabalhando para minimizar a desigualdade e fomentar a inclusão social no ambiente corporativo. Mas, o que de fato vem sendo feito?
Essa foi a pergunta que a gerente de vendas na área de Soluções de Talentos no LinkedIn, Suelen Marcolino, fez na abertura do seu painel “A importância da diversidade nas companhias”, durante o Hostel by RD Summit. Com mais de 20 anos de atuação no mercado e líder do comitê de inclusão racial do LinkedIn, ela trouxe dados importantes sobre a diversidade no Brasil.
Um estudo realizado pelo LinkedIn em 2018, “Tendências Globais de Recrutamento”, mostrou que 85% concordaram que equipes diversas dão mais resultados. Quase 80% dos líderes de aquisição de talentos e gestores de contratação afirmam que a diversidade é a principal tendência a influenciar o modo como contratam.
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Para Suelen Marconlino, o discurso é diferente da prática
No entanto, Suelen Marcolino, que integra o ranking da revista Forbes dos 10 profissionais negros que estão fazendo história nas empresas de tecnologia, afirma que o discurso ainda não está alinhado aos dados e à dinâmica social dentro e fora das empresas.
A executiva apresentou números do Instituto Ethos da pesquisa “Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas”. De acordo com o levantamento, caso o ritmo de diversidade se mantenha, a igualdade racial no ambiente de trabalho só será alcançada em 150 anos. E a igualdade de gênero, em 80 anos.
“Se para um profissional negro e uma profissional mulher, a gente precisa desse tempo para atingir igualdade, quando eu vou conseguir assumir uma cadeira de CEO em uma companhia? Estamos falando de muitas gerações e não queremos esperar tanto”, afirma Suelen.
Ela finalizou com uma provocação: “a sua empresa e as políticas que a sua empresa tem, pensam de forma abrangente ou atendem a um grupo majoritário de pessoas?” Para Suelen, a interseccionalidade é fundamental no processo de diversidade dentro e fora das companhias.
“Quando se pensa em diversidade é importante pensar com quem eu estou falando. Enquanto a gente não incluir os grupos como um todo, não vamos conseguir resolver o problema de gênero”, concluiu.
Gostou das dicas e insights? Este foi apenas um resumo do que rolou na palestra! Para assistir a essa e às demais apresentações do evento na íntegra é só acessar a plataforma do Hostel by RD Summit.